Pelo segundo ano consecutivo, o Governo do Paraná anunciou um orçamento recorde destinado ao financiamento de projetos e programas estratégicos na área de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, o aporte financeiro alcançará a marca de R$ 708,9 milhões, representando um aumento de 37% em relação aos R$ 517 milhões investidos em 2023, o que até então já era um valor recorde. Essa decisão foi confirmada durante a 31ª reunião do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná).
A gestão desse montante orçamentário é realizada através do Fundo Paraná, sob a administração da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
“Tivemos um salto em volume de recursos aplicados em programas e projetos de ciência e tecnologia a partir do ano passado. Saímos de R$ 100 milhões em 2022 para R$ 517 milhões em 2023. Para este ano houve a aprovação de R$ 708 milhões. Há, ainda, a possibilidade de suplementação orçamentária, o que dá efetivamente um bom aporte de recursos para que o Estado possa investir em programas e projetos de ciência e tecnologia, que ajudem a gerar desenvolvimento econômico e social”, destacou o secretário da Seti, Aldo Bona.
Os recursos destinados ao fomento científico e tecnológico têm como objetivo manter projetos voltados para o desenvolvimento de pesquisa, como a implementação de um laboratório para a produção de insumos para diagnóstico veterinário, atualmente em construção pelo Tecpar; concessão de bolsas-auxílio para estudantes e profissionais; desenvolvimento e promoção de Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (Napis), que reúnem pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento; além de incentivar iniciativas públicas e privadas visando a solução de questões sociais.
A outra metade dos recursos é dividida entre a Fundação Araucária, a Secretaria de Estado da Inovação, Modernização e Transformação Digital (25%), o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os quais juntos recebem 25%.
Itamir Viola, presidente do Grupo Viasoft e membro do CCT, enfatiza que esse investimento representa um significativo impulso para a ciência. Segundo ele, “estamos testemunhando um amadurecimento no uso dos recursos públicos. O Estado está comprometido com todo o processo, desde a pesquisa básica até a aplicada, com resultados mensuráveis na prática. Isso implica em um grande movimento de inovação, envolvendo startups e empresas que absorvem essas tecnologias e as transformam em produtos e serviços que melhoram a qualidade de vida”.
Durante a reunião do CCT Paraná, também foi aprovada a Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Pecti), uma iniciativa inédita do Governo do Estado. Prevista para vigorar até 2030, a próxima etapa consiste na publicação de um decreto oficializando as novas diretrizes para o desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Estado do Paraná