O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), apresentou avanço de 1,2 ponto em dezembro, alcançando 93,3 pontos após três meses consecutivos de queda. Esse movimento indica uma recuperação gradual do otimismo entre os empresários industriais e sinaliza que o setor começa a enxergar com mais clareza um cenário de estabilidade e retomada, mesmo diante de um ambiente ainda desafiador para a produção e os investimentos.
De acordo com o levantamento, 11 dos 19 segmentos industriais monitorados registraram alta na confiança, o que demonstra uma melhora mais disseminada entre os diferentes ramos da indústria. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção das empresas sobre o momento presente, avançou dois pontos, chegando a 93,8. Já o Índice de Expectativas (IE), que reflete a visão sobre os próximos meses, variou positivamente 0,2 ponto, alcançando 92,8.
Entre os componentes do ISA, o destaque foi o indicador que avalia a situação atual dos negócios, com alta expressiva de 2,8 pontos, atingindo 92,5. Esse resultado está associado a uma leve recuperação da demanda e à redução dos estoques, que subiram 0,6 e 2,3 pontos, respectivamente, chegando a 92,1 e 102,5 pontos. Esses números sugerem que as empresas começam a ajustar seus níveis de produção de acordo com uma expectativa mais equilibrada entre oferta e procura.
As perspectivas para os próximos meses também se mostram mais positivas. O indicador de produção esperada para o trimestre seguinte aumentou três pontos, alcançando 94,1 pontos, sinalizando que parte das empresas planeja ampliar o ritmo de produção. Segundo o FGV IBRE, embora a confiança industrial ainda esteja abaixo do nível neutro de 100 pontos, o avanço recente é um sinal importante de melhora nas condições de negócio e pode representar o início de um novo ciclo de crescimento gradual no setor.
Em resumo, a indústria brasileira encerra o ano com um tom mais otimista, impulsionada por expectativas moderadas de expansão e sinais de equilíbrio entre produção, demanda e estoques, fatores essenciais para consolidar a recuperação em 2026.







